Mais uma liderança indígena é morta no Brasil. O cacique Jorginho Guajajara, da Terra Indígena (TI) Araribóia, na Amazônia maranhense, foi assassinado no último fim de semana. O corpo foi encontrado na manhã do domingo (12/8) na entrada do município de Arame (MA). Jorge era cacique da aldeia Cocalinho I, do povo Guajajara. Os indígenas da região vivem em conflito contra os madeireiros, que invadem suas terras para derrubar árvores ilegalmente. Incêndios suspeitos também costumam castigar a TI Araribóia.
O crime acontece logo após a divulgação do relatório da Global Witness, que revelou que pelo menos 207 defensores ambientais e lideranças foram assassinados em 2017 – 60% dos casos só na América Latina e o Brasil é o país com o maior número de assassinatos: 57 mortes só no ano passado. Ou seja, somos os campeões mundiais na morte daqueles que cuidam do meio ambiente.
O assunto é tão grave que chamou a atenção da ONU e, no dia 3 de setembro, será lançada a Iniciativa da ONU de Direitos Ambientais, no Museu do Amanhã. O objetivo é levar a proteção do ambiente para perto das pessoas, seus porta-vozes e líderes, auxiliando atores estatais e da sociedade civil a promover, proteger e respeitar os direitos ambientais. As questões ambientais e os conflitos agrários são urgentes e o que pensam sobre este assunto os postulantes ao cargo mais importante do país?
Foto: Ecoamazônia
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