“Fase de grandes hidrelétricas chega ao fim”, diz a manchete do jornal “O Globo”. Seria uma ótima notícia para começar o ano, caso não viesse a reboque um presente de grego: se por um lado, pesadelos como a construção da usina de São Luiz do Tapajós dificilmente voltarão a nos assombrar, por outro abre caminho para a proliferação das chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
A razão é que sai muito mais barato construir uma PCH e é muito mais fácil tirar licenciamento ambiental para a obra, que pode ser conseguido em nível estadual, e não somente federal. Fora que chamam bem menos atenção. Então podemos trocar um problemão por milhares de probleminhas – e a soma deles pode ser ainda mais devastadora para os nosso rios.
Foto: Brennand Energia