Mais de 2 mil pessoas participaram da Primeira Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília. Sob o lema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, elas caminharam pela Esplanada dos Ministérios. A manifestação foi colorida, pacífica e alegre. Mães, filhas e avós dançavam e cantavam por respeito. Ao fim da caminhada, que teve como ponto final o gramado do Congresso Nacional, cem lideranças indígenas femininas foram destacadas para comparecer à sessão da Câmara dos Deputados.
Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), foi convidada a discursar no púlpito: “Viemos em marcha, de todos os estados. E estamos nessa terra como povos originários para sermos respeitadas”. Mas nossas bravas guerreiras não lutam apenas para que seus direitos sejam reconhecidos, mas também por um futuro melhor para todos. Elas ainda vão se juntar às manifestações pela educação na cidade e amanhã participam da Marcha das Margaridas. É uma história escrita em urucum e jenipapo.
Foto: Evaristo Sá/AFP