A Justiça tarda e falha com Mariana. O processo que julga os responsáveis pela maior tragédia ambiental do país está paralisado, por determinação do juiz Jacques de Queiroz Ferreira, da comarca de Ponte Nova (MG). Ele também corre o risco de ser anulado a pedido da defesa, sob a alegação de que houve ilegalidade na quebra de sigilos telefônicos nas investigações.
Desde outubro do ano passado, a mineradora Samarco e suas proprietárias, Vale e BHP Billiton, além de 21 diretores das empresas, foram denunciados pelo Ministério Público Federal e respondem por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), lesões corporais graves e crimes ambientais. A tragédia devastou povoados inteiros e matou 19 pessoas, além de contaminar mais de 600 quilômetros do Rio Doce. Esses crimes não podem ficar impunes.
Via El País Brasil
Foto: Ana Branco/Agência Globo