Uma “fatalidade” sobre a qual não se tem controle. É assim que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, vê o maior desaste ambiental do Brasil, o rompimento da barragem da Vale/Samarco, em Mariana. Morreram 19 pessoas e o Rio Doce, e vilas inteiras foram destruídas. E não foram vítimas do azar, como ele quer, mas do descaso, da irresponsabilidade, da cobiça e da negligência.
Este mesmo governo quer abrir uma área do tamanho da Suíça na Floresta Amazônica para a mineração e flexibilizar o licenciamento ambiental. Coelho Filho deu sua declaração infeliz num encontro com investidores americanos, em Nova York. E disse isso justamente para defender a extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca). Vamos confiar a Amazônia, a nossa maior riqueza, o futuro das novas gerações, nas mãos de pessoas que pensam assim?
Via Folha de S.Paulo